O
termo albinismo
provém do latim albus, que significa branco, e se trata de uma
condição rara em que o indivíduo apresenta defeitos genéticos que
inibem ou reduzem acentuadamente a produção de
melanina (pigmento que dá cor à pele, aos pêlos, ao cabelo, à
íris e à retina) em
seu organismo.
Existem
vários tipos de albinismo, sendo o albinismo universal (óculo-cutâneo)
o tipo mais comum. Ele pode ocorrer em qualquer raça, mas sua
incidência é mais frequente na raça negra.
Os
tipos de albinismo são os seguintes:
1)
Albinismo Ocular:
O
indivíduo apresenta pigmentação abaixo do normal apenas na área
interna dos olhos, ou seja, na íris e no fundo do olho (retina).
Pessoas
que apresentam albinismo ocular têm aparência comum para pele e
cabelos, mas possuem problemas
visuais, decorrentes da
ausência de quantidade normal de pigmento na íris e no fundo da
retina.
2)
Albinismo Cutâneo:
O
indivíduo apresenta pigmentação abaixo do normal apenas na pele e
cabelo. O albinismo pode afetar toda a pele ou apenas algumas regiões
do corpo, sendo dividido assim o Albinismo Cutâneo em 2 tipos:
2.1)
albinismo cutâneo parcial: em que o indivíduo possui apenas algumas
áreas específicas do corpo despigmentadas;
2.2)
albinismo cutâneo
total: no qual o indivíduo apresenta despigmentação em todo o
corpo e cabelo.
Pessoas
que apresentam albinismo cutâneo possuem pele e cabelos muito
claros. A pele é muito clara e incapaz de bronzear-se, não devendo
ser exposta à radiação solar sem os devidos cuidados, como o uso
de protetores ou bloqueadores solares de alto fator. Mas como a área
interna dos olhos é normalmente pigmentada, pessoas com albinismo
cutâneo não apresentam problemas visuais decorrentes do albinismo.
3)
Albinismo óculo-cutâneo:
Este é o tipo mais comum de albinismo. Pessoas que apresentam
albinismo óculo-cutâneo – também chamado de albinismo universal
- possuem pouca pigmentação na pele, nos cabelos, na íris e no
fundo da retina, o que lhes traz problemas com a exposição à
radiação solar e também problemas
visuais, em geral tão sérios a ponto de o albino ser considerado
portador de deficiência visual.
Por
existirem diversos tipos de albinismo óculo-cutâneo, é difícil
definir um único padrão de aparência para as pessoas albinas.
Pode-se dizer que todas elas possuem pele muito clara, que não se
torna bronzeada quando exposta ao sol. A exposição ao sol por
período prolongado, sem uso de protetores ou bloqueadores solares
pode na verdade gerar queimaduras, que variam desde vermelhidão
apenas (queimadura de 1º grau), até mesmo surgimento de bolhas
(queimadura de 2º grau). Exposição continuada à radiação solar
pode provocar mutações nas células da pele, levando ao surgimento
de manchas ou até mesmo de tumores (câncer).
A
maioria das pessoas com albinismo óculo-cutâneo possui olhos azuis
claros ou azuis escuros, mas há também albinos que apresentam olhos
verdes. E os olhos, assim como a pele, também devem ser protegidos
da radiação solar, com o uso de óculos de sol com proteção
contra os raios do sol (UVA e UVB).
O
cabelo também é bastante claro, em geral loiro, podendo apresentar
até mesmo alguns fios brancos. Mas também há albinos com cabelo
loiro mais escuro e alguns com coloração de cabelo tendendo para o
ruivo.
O
albinismo, sendo ele ocular, cutâneo ou óculo-cutâneo, não afeta
a capacidade de o indivíduo desenvolver-se intelectual e
socialmente, podendo ele ter uma vida totalmente normal tanto no
campo pessoal quanto profissional.
Para
que o indivíduo albino possa ter uma vida normal e saudável faz-se
necessário apenas que sejam tomados os devidos cuidados com a pele e
que a ele seja proporcionado o acesso a recursos ópticos que o
ajudem em sua deficiência visual.
Recomenda-se
ainda que pais e professores de crianças albinas façam um
acompanhamento da criança no ambiente escolar, a fim de evitar que
ela se sinta (ou de fato seja) excluída por ser “diferente” e
para que não enfrente problemas com o aprendizado em virtude da
deficiência visual.
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